Minimal e Land art

Em meados da década de 1960, alguns artistas americanos iniciam a criação de obras que apresentam várias características em comum, opondo-se ao pensamento expressionista abstrato relacionado à pintura, ao gestual e à emoção. As obras minimalistas são constituídas de formas simples e geométricas (retangulares ou cúbicas), e basicamente produzidas com materiais industriais (ferro galvanizado, aço, tubos fosforescentes, tijolos, poliestireno e chapas de cobre e tinta industrial), visando integrar a nova tecnologia à consciência artística. Além disso, as obras tendem a valorizar o equilíbrio, a simetria no processo de elaboração.

Concebidas intelectualmente antes da execução, as obras minimalistas remetem à racionalidade de Mondrian e aos princípios matemáticos predominantes nas obras construtivistas soviéticas, incluindo o rigor abstrato e sinteticamente formal de Malevitch. A minimização da interferência do artista na criação e execução da obra, já anunciada nos ready-mades por Duchamp, também se adequa às obras minimalistas, monocromáticas, repetitivas e esvaziadas de conteúdo semântico.

As considerações acerca da escala, do reflexo, da luminosidade e do formato das obras minimalistas em relação ao lugar de exposição são muito importantes, uma vez que o ambiente reage quase como se fosse um campo pictórico. É o caso das instalações com lâmpadas fluorescentes de Dan Flavin, das obras metálicas de Donald Judd e dos objetos espelhados de Robert Morris. Todos provocando um impacto imediato no espectador, perceptivamente integrado ao espaço que circunda a obra. Já as peças de Carl André, em tijolo, madeira e metal, que se repetem horizontalmente, negam a verticalidade das esculturas tradicionais, bem como o sentido composicional que as constitui.

Os artistas Sol LeWitt e Robert Smithson também estão associados à tendência minimalista, apesar da sua explícita relação com a  arte conceitual e a land-art. No caso de Smithson, as obras realizadas com formas básicas são ampliadas para a escala da paisagem, localizando-se em territórios remotos que funcionam como suporte. Como no caso de “Spiral Getty”, intervenção efêmera construída com terra, em 1970, na costa do Great Lake (Utah), questionando simbolicamente a diferença entre produção cultural e natureza.

Tanto as obras de Richard Serra quanto as de Eva Hesse, cujas produções artísticas se notabilizam no final da década de 1960, possuem  formas geométricas, elementos repetitivos, materiais industriais, e estão relacionadas ao entorno (site specific). No entanto essas obras são consideradas pós-minimalistas, graças ao caráter menos repetitivo e mais orgânico que elas possuem. No caso, Serra se destaca pelas obras feitas de ferro sem revestimentos e em escala ampliada, desafiando as leis da gravidade. Eva Hesse, considerada precursora do feminismo, adota materiais inusitados (látex, fibra de vidro e plástico) nas obras que tendem muito mais à crítica e ao erotismo.

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Contexto artístico americano.
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Donald Judd I.
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Donald Judd II.
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Dan Flavin.
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Robert Morris.
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Bodyspacemotionthings.
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Robert Morris’s, Sem Título (L-Beams- 1965).
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Carl André I.
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Carl André II.
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Sol Lewitt I.
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Sol Lewitt II.
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Sol Lewitt III.
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Sol Lewitt IV.
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Michael Heizer, Robert Smithson e Walter de Maria.
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Robert Smithson.
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Robert Smithson , Spiral Jetty.
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Richard Serra I.
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Richard Serra II.
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Eva Hesse I.
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Eva Hesse II.
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