Românicos

Época que comporta uma diversidade de estilos regionais oriundos da Europa Ocidental.

Dos fatos históricos mais importantes ocorridos na era românica podemos citar: as Cruzadas, com o sentido de libertar a Terra Santa, e a reabertura das rotas comerciais do Mediterrâneo, gerando o desenvolvimento acelerado da vida urbana. Multiplica-se a construção das igrejas com tetos abobadados, portando ornamentos arquitetônicos e escultóricos no seu exterior. É dessa fase a Igreja de Notre Dame la Grande, em Poitiers, França, projetada com uma estrutura baixa e larga, contendo figuras em relevo que ocupam a fachada, desde o arco central até a entrada principal.

O melhor exemplo do estilo românico inglês é a Catedral de Durham, iniciada em 1093. A grande novidade é o uso sistemático de abóbadas de arestas com nervuras, sobre uma nave de três andares. Na Itália, o Batistério de Florença (1060-1150) conserva as mesmas características essenciais das basílicas primitivas, com fileiras de arcadas uniformes e campanário. Salienta-se o traçado rigorosamente geométrico dos painéis de mármore verde e branco que revestem a parte externa do batistério.

As esculturas monumentais de pedra (1050-1100) integram-se à arquitetura, atenuando a atmosfera sólida e opressiva. Por exemplo, a abadia de Saint-Pierre de Moissac, em Toulouse (França), possui um portal magnificamente esculpido, exibindo pilastras recobertas de formas humanas e animais contorcidos, talvez relacionados às esculturas dos povos invasores. Muitas vezes as chamadas “forças das trevas” aparecem nos relevos das igrejas, onde demônios e outras criaturas selvagens assombram os fiéis, revelando pelo avesso o pecado e o mal inerentes à natureza humana.

A pintura dessa fase não apresenta nenhuma proposta revolucionária, tendendo aos contornos simples e minuciosos das iluminuras e tapeçarias que relatam as cenas bíblicas ou as batalhas travadas no período.

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Arte celta.
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Iluminuras.
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Técnica das iluminuras.
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