Renascentistas do norte europeu

Apesar de a arte renascentista ter sido originária da Itália, ela se expande para outras regiões da Europa: Flandres, Alemanha e Países Baixos. Há pontos comuns entre esses lugares distintos, uma vez que a arte liberta da fé religiosa converte-se em um meio de conhecimento do mundo exterior. Nestes países prevalecem gestos, expressões, retratos e formas naturais, diversamente da Itália, onde a representação é mais científica e racional.

Os pintores da Europa do Norte introduzem o realismo na pintura através da gradação de tons, minuciosamente elaborados a partir da observação da natureza. Com o aparecimento dos retratos, os artistas do norte colocam-se no centro do universo pictórico, muitas vezes utilizando espelhos que revelam e ao mesmo tempo escondem sempre algo do espectador.

Dentre os pintores destacam-se: Jan van Eyck, Rogier van der Weyden, Hyeronymus Bosch e Pieter Brueghel, nos Países Baixos; e Konrad Witz, Albrecht Altdorfer, Albrecht Dürer e Hans Holbein, na Alemanha.

Segundo o estudioso suíço Heinrich Wölfflin, as características da pintura do Renascimento são: linearidade, planaridade, forma fechada, pluralidade e clareza. Wolfflin observa que a profundidade construída em planos distintos e sucessivos é reforçada pelo contorno bem delimitado do objeto. Cada um desses planos parece conter a cena, ordenada em torno de um eixo central. A linearidade realça por contraste uma forma da outra, privilegiando o desenho em relação à cor, ao mesmo tempo em que os efeitos espaciais de luz sustentam a proximidade ou o afastamento dos objetos. O tema adapta-se ao espaço existente, obedecendo sempre à simetria. No entanto, tendemos a perceber esse espaço como disperso e plural, de modo a realçar nitidamente cada unidade do quadro.

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Jeronymus Bosch.
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Albrecht Dürer.
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Renascimento no norte europeu.
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Bruegel, Torre de Babel, 1563.
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