Futuristas
Através de manifesto escrito pelo poeta Marinetti, publicado em 1909, o movimento futurista italiano exprime todo o seu radicalismo, rejeitando as tradições, inclusive a artística, além de todos os valores e instituições pregressas ao movimento. Como alternativa, exalta o crescente progresso industrial e tecnológico, sendo apoiado inicialmente pelos artistas Boccioni, Russolo e Carrà, e em seguida por Balla e Severini. Os temas urbanos, predominantes nas pinturas dos artistas citados, confirmam o dinamismo dos grandes centros, expressando-se de modo fragmentado a partir do conhecimento adquirido com as experiências cubistas de Picasso e Braque, dos quais Carrà e Severini eram bem próximos.
Os veementes pontos de vista expostos pelos futuristas foram sem dúvida pioneiros na arte, influenciando vários movimentos de vanguarda, dentre eles o Construtivismo, o Vorticismo e o Neoplasticismo. As obras de Balla, que tendem para a abstração, se preocupam em representar o movimento a partir de experiências próprias dos recursos das imagens fotográficas. Ao explorar as relações entre cores e formas, influencia as tendências ópticas posteriormente elaboradas com rigor na Op Art. Dá-se o mesmo no que diz respeito à obra de Russolo, que explora o movimento e a energia de modo enfático.
Na escultura, opondo-se à tradição da “forma fechada” na escultura, Boccioni emprega todos os tipos de materiais (vidro, cartão, ferro, madeira, cimento, pano, espelho, etc.), indicando inclusive a possibilidade de incorporar a noção de movimento real através de motores acoplados às obras.
Na arquitetura destaca-se Antonio Sant´Elia, que sugere através de desenhos uma cidade projetada de acordo com os novos materiais e invenções de engenharia. Nos seus projetos ele nega os estilos históricos, admitindo um mundo semelhante ao que imaginamos nas ficções científicas.