Conceituais

Em meados da década de 1960 surge uma tendência artística caracterizada pelo deslocamento do sentido tradicional do valor da arte enquanto objeto, para o conceito de arte como ideia. Este fenômeno, herdeiro de Marcel Duchamp, questiona como os ready-made o estatuto da arte, subentendendo que ela pode existir independentemente da intervenção manual do artista e desvinculada da noção de objeto.

De certo modo, a arte conceitual herda do Minimalismo a lógica, a simplicidade e a repetição. No entanto, não há no conceitualismo o aspecto formal, nem a alusão à técnica e aos materiais industriais, prerrogativas dos artistas minimalistas. Na arte conceitual é a  atitude mental (conceito) que tem prioridade em relação à aparência da obra.

Na arte conceitual, obras escritas podem registrar o processo de sua elaboração através da linguagem que atua, no caso, como signo plástico. Exemplo disso são as obras dos artistas do grupo Art and Language (Kosuth, Barry, Weiner e Huebler), que fazem da palavra o tema e o material de aspectos do cotidiano. Do mesmo modo que a linguagem, fotos, vídeos e filmes documentam as propostas artísticas próximas das ações do dia-a-dia. Os próprios meios de comunicação, que veiculam as informações para consumo – TV, imprensa e rádio – são utilizados como mídia para a arte conceitual.

Quando a linguagem e as ideias documentadas passam a ser o verdadeiro motivo da arte, o espectador é incitado a assumir uma postura menos contemplativa, participando mentalmente do processo artístico. De modo cada vez mais ativo, muitas vezes o espectador interfere fisicamente na obra, de modo a complementá-la mantendo-a aberta em termos de significado.

Boa parte das obras conceituais é caracterizada pela arte performática e corporal. Como é o caso das performances multimídia do Grupo Fluxus, bem como dos happenings orquestrados por Jim Dine, Claes Oldenburg e Allan Kaprow. Por exemplo, no ano de 1971, Chris Burden em uma performance nos EUA dá um tiro no próprio braço, deixando-se crucificar no capô de um Volkswagen. Tudo isso documentado fotograficamente, já que é o fato em si que importa na obra, repercutindo na mente das pessoas.

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Obras com palavras.
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Joseph Kosuth I.
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Joseph Kosuth II.
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Robert Barry.
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Lawrence Weiner I.
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Lawrence Weiner II.
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Lawrence Weiner III.
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Grupo Fluxus I.
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Grupo Fluxus II.
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Happenings.
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Alan Kaprow I.
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Alan Kaprow II.
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Joseph Beuys.
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Jenny Holzer I.
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Jenny Holzer II.
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Jenny Holzer III.
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Barbara Krueger I.
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Barbara Krueger II.
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