Metodologias do estudo da História da Arte
Biográfica – estudo que relaciona a produção artística à biografia do artista criador.
BELLORI, Pietro Giovan (1672). Vidas de pintores Madrid, Akal, 2005.
VASARI, Giorgio (1550-1568). The Lives of the Artists Translated with an introduction and notes by J.C. and Peter Bondanella. Oxford: Oxford University Press,1991.
Estética – reflexão sobre a natureza do Belo e sobre os fundamentos da arte.
BAUMGARTEN, Alexander Gottlieb (1750-1758). Estética: a lógica da arte e do poema. Petrópolis: Vozes, 1993.
LESSING, Gotthold Ephraim.(1766). Laocoonte ou sobre as fronteiras da pintura e da poesia: com esclarecimentos ocasionais sobre diferentes pontos da história da arte antiga. Tradução de Márcio Seligmann-Silva. São Paulo: Iluminuras, 1998.
WINCKELMANN, Johann Joachim (1755). Reflexões sobre a imitação das obras gregas na pintura e na escultura. Porto Alegre: Movimento, UFRGS, 1975.
Idealista – estudo da arte como crítica e como história.
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich (1835). Cursos de estética. São Paulo: Edusp, 2001.
Elaboração do conceito de zeitgeist.
KANT, Immanuel (1790). Crítica da faculdade do juízo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2 ed, 2005.
Reelabora os conceitos de Belo e Sublime, apontados por Burke, Edmond. Uma Investigação Filosófica sobre a Origem de nossas ideias do Sublime e do Belo. 1757.
Formalista – concepção da arte como linguagem de formas e de cores.
Cf. Escola de Viena (teoria da Pura Visibilidade): Fiedler, von Hildebrand, Riegl, Wölfflin, Dvorák, Wickof e Schlosser.
FIEDLER, Konrad. Escritos sobre arte (1887). Madrid: Visor, 2005.
GREENBERG, Clement (1950-60) Arte e Cultura – ensaios críticos. São Paulo: Ática, 1996. Sobre a pintura modernista e a pintura americana, especialmente o Expressionismo Abstrato.
RIEGL, Alois (1893). Questions de style. Fondements d´une histoire de l´ornamentation.
(1901) Artesanato romano tardio. Kunstwollen (vontade de arte) e Volkgeist (espírito de um povo).
WÖLFFLIN, Heinrich (1915). Conceitos fundamentais da história da arte. São Paulo: Martins Fontes, 4 ed. 2015.
Transição da visão clássica para a barroca, a partir de cinco pares de esquemas: forma fechada e forma aberta; planaridade e pluralidade; clareza e obscuridade; linearidade e pictórico; pluralidade e unidade.
Psicológica ou psicanalítica – visão que aplica o método psicanalítico à elucidação do fenômeno artístico.
Cf. Psicologia da Gestalt: Von Ehrenfels e Wertheimer, aperfeiçoada por Köhler, Kofka e Katz.
De acordo com a teoria da Gestalt, a experiência visual é estruturada de acordo com parâmetros já existentes. No caso, sensação equivale à percepção.
ARNHEIM, Rudolf (1954). Arte e percepção visual. Uma nova visão criadora. São Paulo: Pioneira, 2 ed, 1984.
Propõe categorias analíticas, tais como: equilíbrio, configuração, forma, desenvolvimento, espaço, luz, cor, movimento, tensão e expressão, sempre relacionadas às obras de arte.
GOMBRICH, Ernst (1960) Arte e ilusão. São Paulo: Matins Fontes, 2007.
WORRINGER, Wilhelm (1907). Abstraccio i empatia. Madrid: Ediciones 62, 1987.
Teoria do Einfühlung (empatia, identificação).
Iconológica e Iconográfica – visão que trata do conteúdo temático das obras de arte do seu significado.
CASSIRER, Ernst (1923). Filosofia das formas simbólicas. São Paulo: Martins editora, 2001.
PANOFSKY, Erwin (1939). Estudos sobre Iconologia. Madrid: Alianza, 1996.
(1955) Significado das artes visuais. São Paulo: Perspectiva, 3 ed. 2002.
SAXL, Fritz. La vida de las imagenes. Madridi: Alianza, 1989.
WARBURG, Aby (1929). O renascimento do paganismo antigo. Contribuições científico-culturais para a história do Renascimento europeu. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.
Estruturalista – estudo interdisciplinar que associa a arte à comunicação e à linguagem.
ECO, Umberto (1973). Signo. Madrid: Labor, s/d.
DE FUSCO, Renato. História da arte contemporânea. Lisboa: Presença, 1988.
Sociológica – visão que parte da teoria do materialismo histórico e dialético, sustentando que a obra de arte é também documento do seu tempo.
HAUSER, Arnold (1951). História social da arte e da literatura. São Paulo: Martins editora, 2002.
Teorias da arte (1958). Lisboa: Presença, 1988.
Histórica – pretende reintegrar a obra de arte ao seu momento histórico, pesquisando os processos e as estruturas que a originaram.
ARGAN, Giulio Carlo (1988). Arte moderna. Do iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo: Cia. das Letras, 1996.
WITTKOWER, Rudolf (1958). Art and architecture in Italy, 1600-1750. Michigan: Yale,1999.