Paleocristãos

Nos três primeiros séculos após a morte de Cristo, os cristãos organizam seus cultos refugiando-se nas catacumbas de Roma, Nápoles ou Alexandria. Nas paredes das catacumbas são produzidos afrescos, cujos principais temas remetem à figura de Cristo, aos episódios bíblicos e aos símbolos cristãos.

Durante a gestão de Constantino (século IV), o cristianismo triunfa como religião do Estado, e consequentemente a arquitetura floresce, voltada para a construção das igrejas. As basílicas cristãs, onde se reúnem os fiéis, são consagradas a Deus, servindo-Lhe de morada. Totalmente voltadas para o interior, as primeiras basílicas preservam o altar separado do restante da construção por uma estrutura em arco. Digno de nota é o contraste entre o exterior simples da arquitetura religiosa e o interior carregado com cores vivas e materiais valiosos, evocando o esplendor do Reino de Deus.

Os mosaicos nas paredes e tetos, feitos com pequenos pedaços de vidro e cerâmica, produzem um efeito luminoso nas cenas que representam os símbolos da fé, referentes ao Antigo e Novo Testamento. Essas cenas servem de ilustração para aqueles que não sabem ler os manuscritos da fé cristã, em forma de pergaminhos ilustrados com iluminuras que reproduzem as mesmas cenas bíblicas dos mosaicos, painéis e murais das igrejas. Nas iluminuras encontram-se vestígios de perspectiva e jogos de luz e sombra bem definidos.

As esculturas, caracterizadas pelo pouco relevo e pela decoração superficial, decoram os sarcófagos dos membros mais ricos da congregação. Pequenos painéis de marfim são dedicados aos colecionadores e às personalidades de maior poder aquisitivo. Cabe destacar que esses relevos devem muito à iconografia pagã, resguardando quase sempre a proporcionalidade das figuras, bem como o realismo dos rostos, vestes e detalhes arquitetônicos.

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Arte medieval geral.
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Arte paleocristã.
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